A cidade de Sorocaba aprovou, nesta quinta-feira (6), a lei que proíbe a comercialização do “foie gras” no município paulista. Após o prefeito local, Antonio Carlos Pannuzio, se abster da decisão, a sanção da legislação ficou por conta da Câmara dos Vereadores.
Sorocaba foi a segunda cidade do estado a adotar a medida. Em junho deste ano, o prato já havia sido proibido na cidade de São Paulo, após a lei ser assinada pelo prefeito Fernando Haddad. No entanto, em julho o alimento voltou a ser comercializado após a suspensão da lei.
O foie gras já é proibido em mais de 15 países, segundo o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA). A principal motivação para isso é acabar com o sofrimento a que os animais são expostos durante a fabricação do prato.
Para que a iguaria originária da culinária francesa seja obtida, patos e gansos são submetidos a uma alimentação baseada em uma pasta de milho em quantidade excessiva. As aves são forçadas a se alimentar mecanicamente para a engorda, durante 12 a 15 dias para pato e de 15 a 18 dias para gansos. Nessa fase, os animais são alimentados diversas vezes por dia. A alimentação é ministrada por um tubo, que mede de 20 a 30 cm de comprimento, introduzido forçadamente pelo bico até o estômago do animal.
Dessa maneira, o fígado das aves submetidas a essa ‘dieta’ sofre uma hiperplasia, ou seja, um crescimento anômalo, chegando a atingir o tamanho de 10 a 12 vezes maior que o normal. O foie gras é então, o fígado in natura de aves acometidas por uma patologia denominada como esteatose hepática, no caso, induzida pela indústria ou granja produtora.
Fonte: CicloVivo