Uma das principais intervenções a serem realizadas é a do profissional de Educação Física. A baixa força muscular, a pouca mobilidade articular, uma densidade óssea baixa, uma possível sarcopenia causada pela inatividade física, juntamente com artrite e artroses, são alguns dos fatores que levam a queda do idoso.
De acordo com o Estatuto do Idoso Brasileiro no ano de 2003, em forma de lei, é assegurado e considerado idoso, todo e qualquer cidadão com idade igual ou superior aos 60 anos. Também é sabido que é de responsabilidade de todos assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (PLANALTO, 2003).
Segundo a Secretaria de Direitos Humanos (2012), em pesquisa realizada, no ano de 2012, foi observado que o número de idosos no Brasil cresceu 55% em 10 anos, seguindo o crescimento global deste grupo acima dos 60 anos, que em 2012 atingiu 11,5% da população mundial. Em 2011, segundo o IBGE os idosos no Brasil alcançaram a marca de 23,5 milhões de habitantes, se contrapondo ao de crianças até 4 anos que no mesmo ano marcou 13,3 milhões.
No Brasil, cerca de 29% das pessoas com mais de 60 anos registram ao menos uma queda por ano e 13% das pessoas com esta faixa etária registram a queda de forma constante, quedas estas que podem vir de vários fatores e múltiplas causas. Estes dados, chamam bastante atenção, pois o elevado número de idosos no meio social já atraem algumas preocupações que se derivam desta fase da vida e a queda é uma delas (PERRACINI; RAMOS, 2002).
Com o envelhecimento, surgem uma obtenção maior da contração de enfermidades derivadas das quedas, gerando diversas patologias. Isto, se dá, pela perda do desempenho motor, do equilíbrio corporal, agilidade reflexiva, tempo de reação e diversos outros fatores resultantes da queda funcional que se derivam do processo de envelhecimento, deixando o idoso cada vez mais frágil (PERRACINI, 2006).
A prática de atividade física se torna uma grande aliada na prevenção de quedas dos idosos, pois quando se está nesta fase já se tem perdido uma considerável quantidade de massa óssea, especialmente nos idosos do sexo feminino, assim como há uma redução gradativa na força máxima muscular. Desta forma a atividade física se torna uma excelente ferramenta de saúde, auxiliando fisiologicamente e psicologicamente (NÓBREGA et al., 1999).
Uma das principais intervenções a serem realizadas é a do profissional de Educação Física. A baixa força muscular, a pouca mobilidade articular, uma densidade óssea baixa, uma possível sarcopenia causada pela inatividade física, juntamente com artrite e artroses, são alguns dos fatores que levam a queda dos idosos.
O treinamento de força, juntamente com o treinamento funcional, pode trazer uma melhor condição de vida para esta parte da população que mais é afetada pela inatividade física.
Existe também uma forte relação descoberta entre o medo de cair e o equilíbrio, isso diz que, o equilíbrio tem influência direta no medo de cair. O medo de cair tem relação direta com o baixo driver motor do idoso, esses efeitos negativos são provocados pela falta de massa muscular, baixa capacidade funcional e fragilidade (RIBEIRO et al., 2009).
O Tipo de exercício mais eficaz é o equilíbrio, onde conduz um efeito protetor de redução a queda nos idosos. A frequência ideal de sessões é de no mínimo duas vezes por semana. Mostrando-se mais efetivo em reduzir e prevenir as quedas em idosos. Os exercícios que devem conter no programa de treino do idoso, deve englobar exercícios de mobilidade articular, alongamento passivo e ativo, força muscular e equilíbrio. (BENTO et al., 2010).
Segundo a Educación Física y Deportes (EFDeportes.com), o programa de exercícios multifatoriais, onde ele realizou circuito de exercícios multifatoriais com idosos com faixa etária entre 65 e 68 anos. O estudo promoveu uma melhora significativa em idosos do sexo feminino de até 4% na prevenção de queda e também uma melhora significativa na qualidade de vida. Porém, outros estudos são importante para agregar nas correções do equilíbrio e variáveis no condicionamento físico.
De acordo com os artigos pesquisados e diversas fontes de pesquisas na internet e livros, podemos entender que uma das principais causas de falecimento e deficiência de movimento dos idosos são herdadas de quedas que surgem com o passar dos anos.
Os exercícios e o fato de sair de casa para se exercitar pode ser uma barreira para os idosos, porém treinos simples e realizados dentro de casa podem auxiliar de forma muito positiva, levando a evitar o sedentarismo, fortalecimento dos músculos e aquisição de mobilidades.
REFERÊNCIAS
BENTO, Paulo Cesar Barauce et al. Exercícios físicos e redução de quedas em idosos: uma revisão sistemática. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, v. 12, n. 6, p. 471-9, 2010.
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CAMARANO, Ana Amélia Coordenador et al. Como vai o idoso brasileiro?. 1999.
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CUNHA, Patrícia; PINHEIRO, Luísa Costa. O papel do exercício físico na prevenção das quedas nos idosos: uma revisão baseada na evidência. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, v. 32, n. 2, p. 96-100, 2016.
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MESSIAS, Manuela Gomes; DA FONSECA NEVES, Robson. A influência de fatores comportamentais e ambientais domésticos nas quedas em idosos. Revista brasileira de geriatria e gerontologia, v. 12, n. 2, p. 275-282, 2009.
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PERRACINI, M. R. Prevenção e manejo de quedas no idoso. Revista Brasileira Otorrinolaringologia, São Paulo, v. 72, n. 5, p. 683-690, 2006.
Presidência da República Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm. Acesso em 08 de setembro de 2015.
Presidência da República Secretaria de Direitos Humanos. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-idosa/dados-estatisticos/DadossobreoenvelhecimentonoBrasil.pdf. Acesso em 08 de setembro de 2015.
RIBEIRO, Fernando et al. Impacto da prática regular de exercício físico no equilíbrio, mobilidade funcional e risco de queda em idosos institucionalizados. Revista Portuguesa de ciências do desporto, v. 9, n. 1, p. 36-42, 2009.
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SMETHURST, W. S. Envelhecimento ativo: da intenção a ação. Seminário Quantos Somos e Quem Somos no Nordeste, 2007.
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