A coceira excessiva afeta cães de todas as raças e idades, assim como gatos domésticos.
Como a coceira se desenvolve
O ato de coçar, ou a sensação que leva à coceira, também pode ser chamado de prurido. Sua manifestação provoca um desejo intenso e persistente de esfregar, coçar, lamber e morder sua pele ou pelagem.
Algumas vezes, o prurido pode aparecer isoladamente e, em geral, está associado ao sistema nervoso. Porém, ele pode ser o sintoma de outras patologias. Pode se desenvolver por causa de inflamações e alergias na pele ou infestações de ectoparasitas.
O prognóstico do prurido canino geralmente é positivo, mas depende de um diagnóstico precoce. Se não for devidamente tratado, pode provocar a perda completa ou parcial dos pelos. Em casos mais graves, feridas e úlceras derivadas da coceira intensa podem levar a infecções bacterianas.
Sintomas do prurido canino
O principal sintoma do prurido canino é, naturalmente, a coceira intensa e crescente. O animal pode desenvolver condutas obsessivas e passar o dia inteiro isolado, se coçando ou se lambendo. Além disso, muitos cães esfregam e roçam as partes afetadas de seu corpo em objetos, móveis e até em árvores do jardim.
Esse comportamento leva às seguintes consequências:
- Vermelhidão e inflamação da pele
- Feridas e lesões derivadas da automutilação
- Perda de pelo parcial ou completa, chamada alopecia
Principais causas do prurido canino
A causa mais comum do prurido, ou coceira, está associada a infestações por ectoparasitas. A presença de pulgas, carrapatos e ácaros pode levar à coceira intensa e ao desenvolvimento de irritações e inflamações na pele.
As alergias aparecem como a segunda causa mais frequente da coceira em animais domésticos. Elas podem ser causadas por alimentos, parasitas, produtos químicos, poeira e alguns agentes naturais, como mofo e pólen.
Alguns endoparasitas, como as lombrigas (áscaris), também podem provocar coceira em nossos animais de estimação. Principalmente em filhotes com menos de seis meses.
As substâncias químicas presentes em alguns produtos de limpeza e cosméticos também são perigosas para os animais. Não só facilitam a aparição da coceira, como também podem provocar intoxicações mais graves.
Prurido canino: o fator psicológico
O prurido canino geralmente se complica quando ativa o que se conhece como círculo vicioso da coceira. A irritação leva o animal a se coçar e a provocar feridas. Com isso, a sensação de coceira aumenta, levando a um ímpeto mais intenso de se coçar, provocando novos ferimentos.
Porém, o círculo vicioso não se reduz a expressões físicas. Essa sensação de coceira geralmente é contagiosa e seu avanço está associado ao sistema nervoso.
A estimulação da coceira provocada na pele chega ao cérebro através desse sistema. A resposta imediata do animal normalmente é se coçar para poder se aliviar e fazer o estímulo estranho desaparecer.
Mas essa reação provoca mais irritação e leva a novos estímulos de coceira. Isso desencadeia uma série de reações viciosas que podem provocar uma intensa irritação cutânea e nervosa.
O fator psicológico do prurido é tão determinante que pode provocar o contágio entre humanos e animais. Em muitos casos, o dono desenvolve um prurido imaginário ao observar a coceira em seu pet.
Tratamento do prurido canino
Não há tratamento único para o problema. O veterinário pode receitar pomadas, pílulas ou injeções para diminuir o desejo de se coçar e evitar novas lesões.
Normalmente, serão recomendados uma mudança na alimentação e testes específicos para descartar a possibilidade de alergias subjacentes. Se for diagnosticada uma infestação de parasitas internos ou externos, deverão ser feitas as devidas desparasitações.
É essencial não medicar por conta própria o animal que sofre de prurido. Muitos remédios e até algumas soluções caseiras podem piorar a situação de coceira e irritar mais a pele do animal.
O tratamento do prurido canino deve ser feito a partir do diagnóstico de um veterinário especializado.
Prurido canino: é possível prevenir?
É possível prevenir o prurido canino mediante a adoção de hábitos positivos na higiene do lar, como manter o ambiente limpo e ventilado. O animal também deve receber seus merecidos cuidados, como banhos, escovação, carinho, etc.
Uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios também são fundamentais para fortalecer o sistema imunológico. Os animais alérgicos devem seguir uma dieta hipoalergênica para controlar suas reações orgânicas.
A medicina preventiva é essencial para combater as causas relacionadas a parasitas e alergias. Além disso, visitas periódicas ao veterinário possibilitam o diagnóstico precoce do prurido canino e outros problemas na pele.
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