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Milhas aéreas viram moeda de troca, mas brasileiros deixam de resgatar mais de R$ 100 bilhões

O mercado de milhas aéreas tem tudo para ser um dos mais promissores dos últimos tempos. Para quem não conhece, o proprietário da Business Line – Agência de Viagens e Turismo, Rubem Christ Junior, explica que há duas maneiras de se pagar um voo em uma companhia aérea: com dinheiro ou com milhas aéreas adquiridas como crédito após compras com cartões. “Elas podem ser suas ou de terceiros, pois não há nada que regulamente esta troca, que hoje é realizada comercialmente por diversas empresas”, esclarece.

Na Business Line, os clientes que não querem gastar dinheiro com passagem direta ou que precisam de milhas para completar pacotes, podem adquirir milhas para pagar as companhias aéreas, e, com isso, economizar até 70% em suas viagens. “Este é um mercado em franca expansão, mas muitas milhas são desperdiçadas ainda, seja pela falta de interesse em viajar, falta de costume ou porque não possuem milhas suficientes para o destino desejado”, conta.

Um relatório elaborado pelo Banco Central, mostrou que em 2010 os brasileiros deixaram de resgatar 101,3 bilhões dos 591,2 bilhões de pontos gerados nos programas de fidelidade dos cartões de crédito, correspondentes a 18% do total.

Rubem tem uma agência de viagens e turismo e auxilia na compra de passagens com milhas. (Reprodução)

Este valor seria suficiente para aproximadamente 5 milhões de passagens do Brasil para qualquer país na América do Sul, mas infelizmente acabam se perdendo com o tempo. “Há um projeto na Câmara dos Deputados para que os pontos adquiridos em programas de fidelidade não possam expirar, o que seria de grande utilidade para este mercado”, detalha Rubem.

Enquanto isso, a solução para não perder os pontos, é vendê-los a sites especializados ou até mesmo em transações pelas redes sociais. “Mas atenção, por ser um mercado novo e sem regulamentação específica, é preciso ficar atento à idoneidade dessas empresas”, alerta.

 

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