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Mártioda, um hospital para animais

Todos os animais têm o direito a uma vida digna, não importa se são animais de estimação ou animais selvagens. Embora haja ainda muitos problemas relacionados à caça ou à venda ilegal de animais, é certo que também podemos trazer notícias positivas. Como, por exemplo, é o caso de Mártioda, um hospital para animais localizado na região de Vitória, na província de Álava, Espanha.

Mártioda: de zoológico a hospital

Fonte: www.elcorreo.com

Até mais ou menos uns vinte anos atrás, Mártioda era um pequeno zoológico. Lá, havia uma multiplicidade de espécies que atraía visitantes de todas as idades, mas, sobretudo, crianças. Já faz bastante tempo que esse estabelecimento encerrou a possibilidade de visitas.

Situado na Serra de Badaya, o lugar está em atividade há 40 anos e suas instalações agora são utilizadas para tratar animais de todos os tipos. Durante o tempo em que o hospital esteve em funcionamento, atendeu por volta de 11,5 mil espécies – 60% aves, 25% répteis e 15% mamíferos.

Pelas salas do hospital de Mártioda passam por volta de 600 animais por ano, levados para lá para curar suas feridas ou se recuperar de diferentes doenças. Na maioria dos casos, chegam ao estabelecimento depois de:

Mas o hospital também atende animais doentes por causas naturais.

Ao redor de 75% das ligações telefônicas recebidas por eles e contatos para atenderem um animal ferido são realizados por particulares. Isso demonstra que as pessoas estão cada vez mais conscientes da vida que as rodeia. Esse hospital para animais, o mais importante da Espanha, dá resultados mais que satisfatórios e vale a pena destacar suas ações.

Mártioda, as aves e o botulismo

Fonte: www.elcorreo.com

No verão de 2014, no Centro de Recuperação da Fauna de Mártioda (seu nome oficial), houve um surto de botulismo aviário. O mesmo surto afetou, sobretudo, as espécies de Álava e principalmente os patos. Em apenas três semanas, chegaram ao hospital centenas de aves com essa doença, que puderam ser resgatadas para começarem o tratamento adequado.

O botulismo aviário provoca fraqueza extrema. As aves tornam-se impossibilitadas de se movimentarem, nadarem ou manterem o pescoço reto. As aves que foram encontradas nos arredores foram levadas ao CTI de Mártioda, principalmente, projetada para essa situação específica.

Na sala para pacientes mais debilitados, reina o silêncio. Os médicos se encarregam de alimentar manualmente as aves que não podem nem se mover por causa da doença. Se superarem a primeira noite, há, então, mais chances de sobreviverem.

Depois de alguns dias de recuperação no CTI e de aumentarem as energias, são transferidas para a “central”, quer dizer, para grandes jaulas no exterior onde realizarão a penúltima fase de sua recuperação. Lá, podiam ser vistos patos-reais que começam a se virar pouco a pouco.

Ao lado, havia outra jaula menor onde estavam patos, cegonhas e colhereiros já recuperados do botulismo.

Em outra área do hospital, existem mais aves, muitas delas que chegaram quando eram pintinhos e por alguma razão se separaram de sua mãe. Os trabalhadores do centro exercem o papel de pais dessas aves. Dão-lhes comida, usando pegadores de comida ou marionetes que simulam o bico da mãe deles. Mas sempre mantêm distancia com os funcionários. A ideia é que eles tenham medo deles e não tenham confiança de que todos agirão bem com eles.

O dia a dia em Mártioda

Nesse hospital não são apenas atendidas aves. Além disso, há o atendimento de javalis, cervos, corças, porco-espinhos, doninhas, raposas… Ou seja, são espécies próprias do território que por algum motivo em particular chegaram ao centro. Em seguida, depois de ser recuperarem, são devolvidas ao habitat natural delas.

Em Mártioda, por sua vez, os funcionários se encarregam de espécies que não pertencem à fauna nativa de Álava, mas que foram introduzidas pelo Homem. Esse é o caso do vison-americano e do vison-europeu. Quanto às tartarugas, serpentes e demais animais exóticos, eles são levados aos centros especiais para receberem um tratamento e cuidado adequado.

Fonte das imagens: alavita.es e www.elcorreo.com


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