Ícone do site MercadoETC

Essas são as coisas que uma pessoa pode aprender trabalhando no Mc Donald’s

Toda experiência profissional é válida. São momentos que temos para aprender, sempre mais, sobre aquilo que pretendemos fazer pelo restos de nossas vidas, além de podermos nos conectar com nossos colegas de trabalho que, por ventura, acabam se tornando grandes amigos.

Pelo menos, essa é a ideia perfeita de um trabalho perfeito. Mas, na dura realidade da vida não é bem isso o que acontece. Alguns trabalhos, por mais que não sejam aquilo que desejamos para nós, muitas vezes são ótimos “quebra-galhos” nos ajudando no sustento.

Quando pensamos em grandes empresas, a primeira impressão é de que são corretas e se preocupam com o empregado. O que piora um pouco é o fato de não só o emprego ser, por si só, algo ruim, mas o que as pessoas fazem ele se tornar. Uma ex-funcionária da rede de fast-food, McDonald’s revelou como foi trabalhar durante quatro anos nessa empresa.

Logo no início do texto ela conta como foi frustrante, não só para as pessoas mas para ela mesma. Quando disse a seus pais que havia sido contratada por uma empresa, com a mesma agilidade que o sorriso surgiu ele desapareceu quando ela disse do que se tratava.

Também fala de como era constrangedor como as pessoas acreditavam que seu trabalho não era “relevante” e sem seriedade. Durante os quatro anos que trabalhou na empresa, ela sabia que era “boa demais” para o trabalho e, mesmo assim, apesar de procurar, não conseguia outro emprego de “mais prestígio”.

Sua resposta era sempre: “Sim, este trabalho é um lixo. Mas, diabos, eu preciso de dinheiro!” Durante muito tempo não sentia a menor vontade de estar ali, não se esforçava e não sentia necessidade de “gastar suas habilidades” naquele lugar.

Só que, depois de alguns anos, ela começou a se questionar: “Qual a diferença entre o McDonald’s e qualquer outro lugar para começar uma carreira? Por que meu trabalho é considerado mais miserável que os outros?” Afinal, por quê aqueles que trabalham em outros fast-foods ou numa cafeteria de renome não são trabalhos considerados vergonhosos?

Talvez porque as pessoas considerassem ser uma empresa que não possui ética, se fosse assim, o mesmo seria trabalhar numa loja de roupas, que “escraviza” seus funcionários. Mas, não. Na verdade, a conclusão de Kate Norquay (a ex-funcionária), foi de que a sociedade considera que, quem trabalha no McDonald’s, é considerado uma pessoa incapaz de conseguir algo melhor.

“Percebi que a maioria das outras empresas de mesmo nível não contrata pessoas parecidas com meus colegas.” O que Kate quis dizer com isso? O perfil dos funcionários do local onde ela trabalhava era bem diferente por conter pessoas interioranas, pessoas com sobrepeso, problemas na fala, pouco atraentes, com capacidades limitadas, etc. Ao contrário dos funcionários de uma cafeteria na qual sempre ia, com pessoas que eram “estudantes educados, em forma, fisicamente atraentes, que sabiam falar bem”.

“Se você tem 20 anos e mora em uma grande cidade, seus amigos vão rir caso você trabalhe no McDonald’s. Porém, não acho que o mesmo se aplica para pessoas com deficiência, ou imigrantes de meia idade, por exemplo. Seus amigos não riem deles, não perguntam constantemente: «quando você pensa em arrumar um emprego normal?», porque não se espera mais deles.”

Kate, então, percebeu que as pessoas sentiam “pena” dela, não porque estava fritando batatas e hambúrgueres, mas porque acreditavam que ela era melhor do que as outras pessoas com quem trabalhava. E, ela conseguiu enxergar que não, ninguém é melhor do que ninguém.

Kate viu que não se esforçava tanto quanto alguns dos amigos que trabalhavam 20 horas por dia. Que não é tão inteligente quanto a gerente que é formada em Engenharia. Que não era tão organizada quanto os responsáveis por analisar e organizar os componentes para milhares de clientes que ali iam a semana inteira. Muito menos, tinha a paciência necessária para lidar om clientes escandalosos e grosseiros, que ofendiam as pessoas só porque faltava ketchup.

Se você acreditava que essa seria uma matéria falando mal da empresa, errou. Não por causa da empresa, mas pelas coisas que qualquer pessoa pode aprender. Não interessa onde, como, quando, com quem, o que importa é saber aproveitar todas as oportunidades que nos aparecem. Por mais que pareça que algo está péssimo, sempre há como piorar. Mas, o mais importante é saber tirar algo de válido de tudo aquilo.

Kate termina seu texto falando o seguinte: “Para mim, os 4 anos que passei no McDonald’s tiveram muito valor. É claro que eu nunca mais quero trabalhar fritando batata e hambúrguer, mas entendi ali algo importante. Deixei de ser orgulhosa como era. Deixei de julgar as pessoas pela aparência física, origem ou status social. Me tornei mais compassiva.”

Então pessoal, o que acharam da matéria? Encontraram algum erro? Possuem dúvidas? Sugestões? Não se esqueçam de comentar com a gente!


Mais Curiosidades
Sair da versão mobile