Detroit é uma metrópole norte-americana que sofre com vários problemas recorrentes também às cidades brasileiras. A alta densidade populacional, violência e uma economia baseada na indústria automobilística são algumas dessas semelhanças. Mas, a cidade tem investido em uma solução simples: bicicletas.
De acordo com uma pesquisa feita pela Liga Americana de Ciclistas, nos últimos nove anos, Detroit criou 272 novos quilômetros de ciclovias e se tornou a cidade com o maior crescimento em estrutura cicloviária em todo o território norte-americano neste período.
O intuito de tanto investimento é incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte. Em uma região em que mais de 20% da população vive abaixo da linha da pobreza, poder usar um meio de transporte econômico e que melhora a saúde é uma opção bastante interessante.
Um dos grandes desafios, no entanto, é mudar a cultura local. Detroit tem uma economia baseada na indústria automobilística. Fábricas de duas das principais montadoras do país, Ford e General Motors, estão situadas lá, o que influencia todo o modo de vida da população local. No entanto, as novas estruturas para ciclistas e os trabalhos de conscientização têm atraído novas pessoas às ruas.
Um movimento chamado Slow Roll já consegue agregar semanalmente um grupo de quatro mil ciclistas. Apesar de ser um passeio ciclístico, os pesquisadores acreditam que este seja o primeiro passo para que as pessoas se familiarize com as ruas e decidam testar a bicicleta como meio de transporte diário. “Para muitas pessoas, essa pode ter sido a primeira vez em uma bike em Detroit, mas eu não ficaria surpresa se existisse uma correlação entre as pessoas que participam do passeio regularmente e, então, na próxima segunda-feira talvez pensem: Ok, eu posso fazer isso. Eu vou tentar pedalar no meu caminho para o trabalho”, opinou Amelia Neptune, diretora da Liga Americana de Ciclistas, em declaração ao site Fast.Co.
Atualmente o percentual de pessoas que usam a bicicleta como meio de transporte na cidade norte-americana ainda é baixo, apenas 1% da população. Mas, o intuito é criar uma atmosfera que eleve esse número nos próximos anos.
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Fonte: CicloVivo