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Belo Monte deve afetar 25,4 mil moradores

Os impactos que a hidrelétrica de Belo Monte irá causar na população local podem ser muito maiores do que o estimado inicialmente. A comprovação é fruto de um estudo feito pela Universidade Federal do Pará (UFPA), que coloca 25,4 mil moradores em situação de risco.

Os dados registrados foram coletados a pedido do Ministério Público Federal do Pará e contradizem as informações apresentadas pela Norte Energia S.A., empresa responsável pela obra. Os índices chegam a ser 55% maiores do que havia sido registrado no relatório de impactos ambientais do projeto.

As divergências podem ter ocorrido porque a universidade utilizou como referência marcos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto a Norte Energia se valeu de informações desatualizadas ou de fontes paralelas às oficiais.

Para se defender, a empresa anunciou que utilizou dados oficiais do IBGE, mas que possivelmente teriam precisões distintas dos usados pela UFPA. Outro argumento é em relação à área que será alagada. A Norte Energia considera uma área menor e alega que o estudo da universidade se baseou em dados errôneos.

Belo Monte tem sido alvo constante de mobilizações. A obra, que faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), receberá, em média, R$ 25,8 bilhões e será a segunda maior usina hidrelétrica do país. No entanto, os protestantes acreditam que a construção irá afetar o meio ambiente, por causa das mudanças no rio, e também a população que vive às margens do rio Xingu, incluindo comunidades indígenas. Com informações do Globo Natureza.

Redação CicloVivo

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