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As Gerações de Jogos Militares F2P e sua Importância no Mundo dos Games

Nos últimos anos temos visto algumas produtoras produzindo jogos “Free 2 Play” (gratuitos para jogar, ou F2P) com temática militar. FPSs, simuladores de combate aéreo e até mesmo MMOs (Massively Multiplayer Online) tem sido os gêneros escolhidos por essas produtoras para fazer jogos online com temática militar. Anos atrás, essa temática era melhor representadas por franquias bem-sucedidas como Medal of Honor, Call of Duty, Ace Combat e Battlefield.

Com a popularização e maior oportunidade de acesso á internet ao redor do mundo, o conceito de jogos online com dezenas de jogadores numa mesma partida começou a ser aplicada, também, aos jogos de temática militar. A popularização do gênero MMO também contribuiu para a aplicação de games militares F2P. Veremos aqui alguns exemplos dessa evolução feita pelos FPSs F2P e que, mais tarde, contribuíram para os MMOs desta temática.

O INÍCIO DE TUDO E A EVOLUÇÃO 

Um dos primeiros games desse tipo começou há muito tempo atrás. Tendo seu projeto concebido em 1999, a primeira versão de America’s Army foi lançado em 2002 pelo Exército norte-americano (U.S. Army) com a intenção de aproximar os gamers das forças armadas dos EUA e incentivar o recrutamento de jovens ao serviço militar. America’s Army permaneceu por muitos anos como um dos raros games militares totalmente gratuitos. 

Alliance of Valiant Arms surgiu entre 2007 e 2008, seguindo o conceito clássico dos FPSs: facções, diversas armas e modos de jogo variados. Sendo F2P, teve grande popularidade em países onde a conexão por banda larga estava começando a expandir, como no Brasil. 

Duas produtoras da Coréia do Sul trouxeram em fins de 2007 seus projetos que tiveram grande fama no mundo de games online – ainda mais no Brasil -, que foram Combat Arms, da Doobic Studios, e CrossFire, da SmileGate. Seguindo uma linha similar á de Counter Strike, ambos games conseguiram conquistar jogadores do mundo inteiro. Um exemplo disso é que CrossFire conseguiu um lucro de mais de 1 bilhão de dólares em 2014, que, segundo um jornal coreano, foi o game que mais lucrou em 2014.

A Ubisoft também quis entrar na onda com o seu Ghost Recon: Phantoms, um Free2Play em Terceira Pessoa bem cativante, com gráficos modernos e jogabilidade bem trabalhada, que é chamado de “a próxima geração dos shooters Free2Play“.

Nem todas essas iniciativas tiveram uma história feliz: a EA Games lançou em 2009 Battlefield Heroes e, em 2010, Battlefield Play4Free, ambos Free2Play. O primeiro era um Battlefield com teor divertido e fantasioso, onde o player jogava com um avatar; já o segundo seguia a tradicional linha da série com algo mais voltado para o consagrado Battlefield 2, de 2005. 

Lamentavelmente devido a baixa de jogadores e pouco retorno financeiro a EA fechou o serviço online de ambos os títulos, causando revolta em muitos jogadores pelo mundo.

A GERAÇÃO MMO

De 5 anos pra cá, temos acompanhado uma nova geração de MMOs militares focado em veículos de combate como tanques, aviões e navios. World of Tanks surgiu em 2010, sendo a primeira proposta da Wargaming em trazer ao mundo dos F2P veículos militares, sendo a vez dos tanques. A produtora trouxe World of Warplanes, em 2013, e World of Warships, em 2015.

A Wargaming acertou pois, pode-se observar que, em partidas de games como Battlefield, veículos como tanques, helicópteros e aeronaves são muito cobiçados pelos players durante uma partida. Sendo assim, nada mais divertido que criar MMOs com esses veículos, cada game com seu tipo de maquina de guerra. E em cada um desses 3 games, você evolui a sua “árvore tecnológica”, indo dos veículos mais antigos até os mais avançados, podendo melhorá-los e customizá-los. Em outras palavras a trilogia da Wargaming representa a evolução tecnológica de forma histórica, e com veículos históricos, dando mais riqueza e emoção a essas batalhas de tanques, aviões e navios.

Já a Gaijin Entertainment – a mesma produtora de Birds of Steel e IL-2 Sturmovik: Birds of Prey – entrou nesse espaço com o seu War Thunder, no final de 2012. A Gaijin decidiu unir tanques e aeronaves em um só game (não inclui navios), num grande MMO. Com modos “arcade” e “realista”, Warthunder tenta colocar emoção nos combates caprichando nos efeitos de destruição, gráficos e cenários. Também tem sua própria árvore tecnológica, se assimilando a trilogia da Wargaming nesse sentido, mas se diferenciando em outros aspectos (como nos próprios efeitos e jogabilidade).

Portanto, vemos que o mundo dos jogos multiplayer, sejam FPSs, TPSs ou MMOs, só tem ganhado com os jogos de temática militar. Isso porque a realidade do combate se encaixa muito bem com esses gêneros e estilos: foram criados um pro outro. O grande e cada vez maior número de jogadores de games F2P com temática militar só tem mostrado esse sucesso.

Mas também podemos pensar que eles só chegaram a esse nível graças aquelas franquias consagradas (e não-gratuitas) citados no início dessa matéria, porque foram nelas onde o FPS e o multiplayer shootermilitar tiveram seus grandes desenvolvimentos tecnológicos. Além disso, foram essas franquias mais consagradas quem enriqueceram a história e cultura militar nos jogos e os F2P se aproveitaram muito disso, continuando o “trabalho”.

Portanto, foram sim muito importantes para que hoje possamos aproveitar esses jogos gratuitos e muito bem desenvolvidos.


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