A Volkswagen trouxe para o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo a versão conceitual do futuro L1. Totalmente híbrido, este veículo pesa apenas 380 kg, graças à sua carroceria reforçada por fibras de carbono. Com um consumo em percurso misto de 72,4 km/l, este carro extremamente aerodinâmico (Cd = 0,195) apropriado para o uso cotidiano foi criado para ser o automóvel mais eficiente do mundo em consumo de combustível. As emissões do veículo, capaz de alcançar 160 km/h, são de apenas 36 g/km de CO2.
Tanto do ponto de vista tecnológico como visual, a carroceria em CFRP do L1 é considerada um avanço significativo no design automobilístico. O carro tem proporções e dimensões muito especiais: com 3.813 mm de comprimento, o L1 está próximo de um Volkswagen Fox, enquanto sua altura, de 1.143 mm, é quase igual à do Lamborghini Murciélago. A largura, otimizada para melhor desempenho aerodinâmico, é de 1.200 mm, totalmente diferenciada das medidas dos carros de produção atuais.
A disposição dos assentos para chegar ao objetivo foi inspirada no formato aerodinâmico de um planador: um assento em frente ao outro. A forma de entrada no carro segue a mesma receita, através da cobertura que se abre para o lado. Em sua segunda geração, o L1 foi bastante aprimorado, com todos os componentes redesenhados.
Um chassi especial, com elementos em alumínio foi desenvolvido e a crucial tecnologia da fibra de carbono (CFRP), originada da Fórmula e da indústria aeronáutica, transferida para a construção automotiva. Tudo isso foi combinado com um inédito sistema híbrido de propulsão, criando um carro próximo ao que poderá ser produzido. 2013 é o ano previsto para que este sonho se torne realidade.
Os motores diesel e elétrico e o câmbio DSG de sete marchas ficam localizados na traseira e se combinam para criar o carro híbrido mais eficiente do mundo legalizado para uso nas ruas. Os números são uma comprovação: 1,38 litros consumidos a cada 100 km e 36 g/km de emissão de CO2. A fonte primária de propulsão é um motor turbodiesel de dois cilindros com injeção direta common rail (TDI) fruto de um desenvolvimento totalmente novo.
Em operação normal, o motor elétrico pode auxiliar o motor diesel em condições como acelerações e retomadas de velocidade. Quando necessário, geralmente durante as acelerações, ele pode fornecer 40 por cento a mais de torque ao longo de toda a sua faixa de rotações. Nas frenagens, o motor elétrico funciona como gerador para recarregar a bateria de íon-lítio, recuperando a energia cinética dissipada.