O terremoto que atingiu o Japão na última sexta-feira (11) foi o maior já registrado na história do país. O tsunami que se seguiu ao tremor de terra causou devastação no litoral japonês e teve reflexos até mesmo em Galápagos, um Patrimônio Natural da Humanidade.
O conjunto de 58 ilhas localizado no Oceano Pacífico, próximo à costa equatoriana sentiu algumas consequências do terremoto de magnitude 8,9 ocorrido a 130 quilômetros da península de Ojika, no Japão. As principais afetadas foram as ilhas de San Cristóbal e Santa Cruz.
Segundo informações fornecidas pela administração da reserva as praias foram cobertas pelo aumento do nível do mar. Em Santa Cruz, por exemplo, a água adentrou a 400 metros da costa. Os principais afetados foram os ninhos de tartaruga, que estavam abrigados nessa região e foram destruídos pelas fortes ondas.
As tartarugas do centro de reprodução da ilha haviam sido retiradas do local na sexta-feira (11), assim que o alerta sobre o tsunami foi feito. Essas e algumas outras espécies foram levadas para áreas mais altas e puderam ser salvas.
Desde a ida de um dos mais importantes pesquisadores da história, Charles Darwin, ao conjunto de ilhas de Galápagos o local é considerado o principal laboratório de biologia viva do mundo.
No Japão
No Japão a tragédia se torna maior a cada dia. Segundo as equipes de buscas, já são mais de dois mil mortos, somente nas áreas mais afetadas pelo tsunami. O governo informa que ainda não foi possível contatar outras dez mil pessoas na província de Minamisanriku. O número é equivalente à metade da população local.
Além disso, o país destina uma atenção especial à usina nuclear de Fukushima, que sofreu uma explosão no sábado (12) e outras duas na manhã desta segunda-feira (14). Mesmo que o porta-voz japonês, Yukio Edano, tenha informado que as chances de haver um vazamento radioativo sejam poucas, os engenheiros trabalham incessantemente para evitar que ocorra um desastre nuclear.
Desde a manhã de sexta-feira (11), quando ocorreu o primeiro e mais forte terremoto, já foram registrados outros 300 tremores em território japonês. Segundo especialistas os fenômenos devem continuar a ocorrer nesta semana, e existe um alerta para um terremoto de sete graus de magnitude até a próxima quarta-feira (16). A população também segue atenta para a possibilidade de um novo tsunami atingir o país. Com informações da Folha e do G1.
Redação CicloVivo