Meio Ambiente

"A Terra está esfriando e não aquecendo" afirma cientista

Cientista brasileiro afirma que as mudanças globais existem e são naturais e, ao contrário do que pregam os cientistas do IPCC, a Terra está esfriando e não aquecendo.

“As mudanças globais existem e são naturais e, ao contrário do que pregam os cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas), a Terra está esfriando e não aquecendo. Isso acontece devido à perda de atividade do sol e ao resfriamento dos oceanos”.

A afirmação é do cientista e professor Luiz Carlos Molion, membro do grupo gestor da comissão de climatologia da Organização Meteorológica Mundial, representando a América do Sul, durante o Seminário Internacional sobre Mudanças Climáticas, realizado em Brasília e coordenado por Aldo Arantes, diretor de Meio Ambiente da Fundação Maurício Grabois, organizadora do evento.

"As variações do clima são naturais e o CO2 não controla o clima global. O carbono emitido pelo homem é insignificante diante das fontes naturais", destacou Molion.

O professor da UFRJ e coordenador do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Emilio Lèbre La Rovere, fez a segunda intervenção do Seminário Internacional sobre Mudanças Climáticas. Ele falou sobre as projeções de cenário do IPCC para o fim do século e observou que houve na segunda metade do século XX uma tendência ao aumento de fenômenos catastróficos ligados ao clima.

Se referindo à palestra de Molion, salientou que não existem muitas teorias céticas nas quais não há um ponto de convergência, e que essas teorias não resistem a uma análise epistemológica. No entanto, La Rovere afirma existir divergências, mas também convergências. Para finalizar o cientista explicou que há uma série de benefícios na luta contra o aquecimento global e inúmeras vantagens com o cuidado ambiental.

Luis Fernandes, presidente do Inep, afirmou que existem conexões históricas entre a revolução industrial e a questão ambiental. Ele defendeu o livre debate para o avanço do conhecimento e disse que o grande desafio do método é a sua negação. Referindo-se ao pesquisador, Luiz Carlos Molion, afirmou que há mais divergências entre as teorias céticas do que dos céticos com o IPCC.

Em sua intervenção comentou que existe entre alguns teóricos uma espécie de discurso neocolonial em que os países ricos usaram exaustivamente os recursos e agora que começam a perder espaço econômico querem tolher a possibilidade de expansão dos países em desenvolvimento.

"Uma espécie de conspiração entre os países e os cientistas do IPCC", brincou. Após o momento de descontração, Fernandes reforçou que não é possível aceitar que a justa preocupação com o desenvolvimento sustentável e o meio ambiente seja manipulada para negar direito ao desenvolvimento por países que foram subjugados.

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