Meio Ambiente

Preservar os mananciais é desafio paulistano

Para São Paulo, cuidar dos mananciais é um grande desafio, pois são muitas pessoas habitando áreas que deveriam ser preservadas, diversos tipos de poluição e ainda existe a necessidade de suprir a demanda por água de toda a população.

A preservação dos mananciais é um assunto de extrema importância. Para grandes cidades, como São Paulo, cuidar desses bens também é um grande desafio, pois são muitas pessoas habitando áreas que deveriam ser preservadas, diversos tipos de poluição e ainda existe a necessidade de suprir a demanda por água de toda a população.

A capital paulista enfrenta constantemente todos esses desafios para poder atender de forma eficiente aos 20 milhões de habitantes que moram na região metropolitana. Assim, o abastecimento de água é feito a partir de três fontes principais: o Rio Piracicaba, e as represas Billings e Guarapiranga, localizadas na área urbana da cidade.

Essa proximidade deixa os mananciais vulneráveis, necessitando de cuidados constantes para que os níveis de qualidade da água permaneçam dentro dos padrões considerados adequados, tanto para o consumo, quanto para a prática de esportes náuticos.

Segundo Paulo Araújo, coordenador do Programa Vida Nova/Mananciais, da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o maior problema das duas represas é a ocupação irregular. Ele explica que são 1,9 milhões de pessoas habitando inadequadamente a região. Isso significa, que mesmo com a estrutura de coleta de lixo e saneamento, parte dos resíduos domésticos ainda são despejados na represa.

Os trabalhos para controlar os níveis de poluição nos dois mananciais têm surtido efeito. “Nós conseguimos tratar a água da represa hoje com mais facilidade do que há 20 anos. Isso não significa que os problemas estejam resolvidos”, explicou Araújo, comprovando que ainda existe uma estrada longa a ser percorrida até que a qualidade da água chegue a níveis mais elevados.

Uma das medidas recentes aplicadas pela Sabesp são as Ecobarreiras, telas de retenção instaladas nos córregos, para evitar que os resíduos sólidos cheguem às represas. O projeto é de que elas sejam instaladas em 14 córregos que deságuam na Guarapiranga e que diariamente sejam coletadas, em média, duas toneladas de lixo, que será levado a aterros sanitários.

O objetivo do governo e da Sabesp é tornar a represa, principalmente a Guarapiranga, um polo turístico e esportivo. O potencial para isso é bem grande e as mudanças já aplicadas, como a criação de parques nos arredores do manancial e sistemas para limpar a água, têm impactado os moradores locais, transformado as relações humanas com o bem natural.

Acompanhe a entrevista completa com Ricardo Araújo no vídeo abaixo.

Thaís Teisen – Readação CicloVivo