Mobilidade

Prefeitura de SP estuda criar ciclovia para ligar Grajaú a Parelheiros

A ideia é que se tenha 10 quilômetros de faixa exclusiva para ciclistas.

Está nos planos do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, criar uma rede cicloviária para interligar a zona sul à Área de Preservação Ambiental Capivari-Monos, em Parelheiros. A medida integra uma série de ações que incentivam o turismo ecológico.

A ideia é que se tenha 10 quilômetros de faixa exclusiva para ciclistas. O trajeto começa na estação CPTM do Grajaú e segue até o início da APA (Área de Preservação Ambiental). Essa rota contemplará os distritos de Marsilac e Parelheiros.

Por abranger uma região de proteção ambiental cercada de matas e rios limpos, Haddad destacou a necessidade de estimular o desenvolvimento do turismo sustentável. Uma das iniciativas seria instalar bicicletários próximos da área de preservação e incentivar a construção de pousadas e de pequenos hotéis. Também está em análise a possibilidade de criar uma rede de sinalização para os ciclistas.

O prefeito também falou sobre a discussão de um plano de vise a ocupação sustentável da região. "Sempre respeitando as regras severas de restrição ambiental", afirmou. Atualmente, o crescimento irregular e precário toma conta da área. Não é à toa que Parelheiros é a região com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da capital. Apesar de ter muitas trilhas, cachoeiras e riachos, a região é pouco explorada pelos aventureiros.

A sugestão de projetos está no novo Plano Diretor, apresentado pela prefeitura na semana passada. De acordo com a Ciclocidade, entre as propostas, pretende-se criar um “Sistema de Mobilidade” e a estruturação de um sistema cicloviário para a cidade, que será composto de ciclovias, ciclorrotas, ciclofaixas e bicicletários. Também está prevista a realização de um Plano de Mobilidade Urbana.

Ainda assim, a associação destaca que é preciso avançar. “A proposta ainda não explicita a criação de uma rede cicloviária estrutural na cidade (apenas no interior dos bairros e de ligação com o transporte coletivo) e também deixa de relacionar as ações estratégicas e prioritárias dos outros sistemas de mobilidade (viário e de transporte coletivo) ao transporte cicloviário (artigos 189 a 193)”, afirma a Ciclocidade, que acompanha o processo de revisão do Plano Diretor desde o início. Com informações do Estadão.

Redação CicloVivo