Um centro de futebol foi criado em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, para inspirar o Brasil a combater a pobreza e ajudar os jovens em risco social grave na luta contra o estigma e exclusão social; garantindo também os benefícios do futebol na periferia da cidade.
A oitava Copa do Mundo de Moradores de Rua (Homeless World Cup) atraiu sem tetos de todo o mundo para jogar futebol, e a organização decidiu ir muito além da apresentação do torneio. Eles colaboraram para uma transformação na comunidade, através da construção de um centro onde as crianças da área poderiam jogar futebol de rua, e as mulheres têm a chance de aprenderem uma atividade profissional e expandirem seu potencial econômico. No interior, o centro comunitário inclui salas de aula, vestiário, banheiros, escritórios, e armazenamento.
O edifício foi concebido como uma rampa, assim os espectadores podem subir no telhado para ter uma melhor visualização da área e do jogo. Essa estrutura também serve para cobrir o edifício e proporcionar sombra. O projeto de baixo custo foi destinado a ter uma pequena pegada ecológica, para isso, foram usados materiais locais e métodos de construções adequados para reduzir ao máximo o impacto ambiental.
O centro também tira proveito da ventilação natural e é equipado com um sistema de recolha de águas pluviais integrado ao sistema UV de purificação, que fornece água fresca para o centro e para a comunidade. Eventualmente painéis solares fornecerão iluminação para jogos noturnos.
Combatendo a falta de moradia através do esporte, este torneio internacional inspira 64 projetos nacionais de futebol de campo com mais de 30 mil jogadores de rua por ano a mudar de vida. O resultado é que mais de 70% dessas pessoas se transformam para melhor.
O projeto foi patrocinado pela Nike GameChangers em parceria com a Architecture for Humanity, Homeless World Cup, e contou também com os parceiros locais da Organização Civil de Ação Social (OCAS), e do Instituto Bola Pra Frente (BPF), assim como o apoio dos jogadores internacionais Didier Drogba e Rio Ferdinand. Cameron Sinclair, fundador da Architecture for Humanity, ficou satisfeito com o resultado. "Estamos muito contentes que o centro de Santa Cruz está criando um legado duradouro, disponibilizando recursos para a comunidade, um lar para o futebol de rua, e uma voz para os desabrigados do Brasil", disse ele.
Redação CicloVivo