Meio Ambiente

Nova espécie de lula é descoberta em coletas realizadas ao sul do Oceano Índico

Após analisarem sete mil amostras coletadas na última expedição da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), os cientistas descobriram uma nova espécie de lula, no sul do Oceano Índico.

Após analisarem sete mil amostras coletadas na última expedição da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), os cientistas descobriram uma nova espécie de lula, no sul do Oceano Índico.

A espécie, que foi identificada pelo Dr. Vladimir Laptikhovsky, da pescaria científica do Departamento de Pescaria das Ilhas Malvinas, tem 70 centímetros de comprimento e é membro da família cirroteuthidae. As lulas pertencentes a este grupo são longas e delgadas com órgãos especiais que emitem luzes que atuam como iscas para atrair as presas. Até agora mais de 70 espécies foram identificadas das amostras coletadas do cruzeiro aos montes submarinos, e representam mais de 20% da biodiversidade global das lulas.

“Há dez dias 21 cientistas ‘armados’  com miscroscópios vêm trabalhando diversas jarras de amostras contendo peixes, lulas, zooplâncton e outras criaturas interessantes”, disse o professor Alex Rogers, do departamento de Zoologia da Universidade de Oxford. "Muitos espécimes assemelham-se uns aos outros e nós temos que usar características morfológicas elaboradas, como orientação do músculo e o comprimento do intestino para diferenciá-los".

As descobertas recentes fazem parte de um projeto dos montes submarinos lideradas pela IUCN, que começou há um ano,  com uma expedição investigativa de seis semanas de uma equipe de líderes mundiais e peritos marinhos em alto mar, no sul do Oceano Índico. O objetivo do cruzeiro foi desvendar os mistérios da região e, com isso, ajudar a melhorar a conservação e gestão dos recursos marinhos na área.

As novas descobertas vão saciar o apetite dos cientistas que trabalham em campo, e ainda ajudarão a melhorar globalmente a conservação e gestão dos recursos do Oceano Índico e da futura gestão dos ecossistemas das profundezas no mar alto", diz Carl Gustaf Lundin, chefe do Programa Marinho Global do  IUCN.

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