Por enquanto, as perspectivas da startup de interface cérebro-computador implantáveis (BCI), Neuralink, vão permanecer distantes do mercado, apesar das repetidas reivindicações do CEO Elon Musk, de acordo com um reportagem da Reuters. Em 2022, após os testes levarem 1 500 animais à morte, a FDA rejeitou o pedido da empresa de neurotecnologia para aplicar os testes em humanos.
De acordo com os funcionários da empresa baseada na Califórnia, “as maiores preocupações da agência com a segurança envolveram a bateria de lítio do dispositivo; o potencial de migração dos minúsculos fios do implante para outras áreas do cérebro; e perguntas sobre se e como o dispositivo pode ser removido sem danificar o tecido cerebral”.
O órgão busca garantias de que as chances de falha do dispositivo com relação ao sistema de bateria e as novas capacidade de carga transdérmica sejam “muito improváveis”, visto que se isso ocorrer, a descarga elétrica ou energia térmica de uma embalagem rompida pode fritar o tecido ao redor.
Partes do implante podem ser mortais ao paciente
Em casos de remoção generalizada, seja para substituição ou atualizações, a FDA aponta que os cabos muito pequenos e delicados, que se estendem até o cérebro do paciente, podem quebrar durante a remoção (ou mesmo com uso regular) e depois migrar para outras partes da matéria cinzenta, onde podem ficar alojados em locais vitais.
Em novembro do ano passado, Elon Musk afirmou que estava confiante de que a empresa receberia a aprovação do governo “dentro de seis meses”. A estimativa apressada atraiu críticas de um dos funcionários da empresa. “Ele não consegue entender que isso não é um carro”, disse um deles à Reuters. “Este é o cérebro de uma pessoa”. Isso não é um brinquedo”.
A Neuralink não respondeu aos pedidos de comentários.
Neuralink sob investigação por maltrato de animais
Em dezembro, a USDA iniciou investigações por potenciais violações do bem-estar animal ligado a testes apressados da empresa cofundada por Musk. As alegações apontam que as mortes no início dos testes de implante cerebral foram desnecessárias, de acordo com a Reuters. Desde 2018, 1 500 animais foram mortos, de acordo a agência de notícias.
Com informações Engadget, CNET e Reuters
Créditos: TecMasters