Meio Ambiente

Mais 250 espécies brasileiras estão ameaçadas de extinção

O Instituto Chico Mendes (ICMBio) está preparando uma lista com dados sobre os animais brasileiros. A classificação só será concluída em 2014, mas até agora já foram contabilizados 250 novas espécies ameaçadas na última década.

O Instituto Chico Mendes (ICMBio) está preparando uma lista com dados sobre os animais brasileiros. A classificação só será concluída em 2014, mas na última década já foram contabilizadas 250 novas espécies ameaçadas.

A última lista deste tipo foi elaborada pela Fundação Biodiversitas para o Ibama e publicada em 2004. De 1.300 espécies avaliadas, aproximadamente, 627 sofria algum tipo de ameaça, infelizmente, este número continua a subir.

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classifica o grau de ameaça de extinção em cinco níveis: "vulnerável", "em perigo", "criticamente em perigo", "extinto na natureza" e "extinto".

O novo estudo terá um processo de desenvolvimento mais eficaz, com um prazo e orçamento maior para ser desenvolvido. As listas da Biodiversitas tinha o problema de ser exatamente o contrário, prazo curto que impossibilitava a avaliação de todas as espécies de um grupo. "Isso era tendencioso, porque a gente já sabe que vai ter vulnerabilidade", disse Ugo Vercillo, coordenador de Espécies Ameaçadas do Instituto Chico Mendes, à Folha de S. Paulo.

Independentemente do grau de ameaça, agora todas as espécies de um determinado grupo serão avaliadas. Isso garantirá que cerca de dez mil espécies entrem para o estudo, contra 1.300 da lista anterior. Até o momento, foram examinadas 28% desse total.

De acordo com Vercillo do ICMBio, o número de animais em perigo segue crescendo ano após ano. "O país não para de crescer, as áreas nativas continuam sendo alteradas", afirma.

Os peixes e tubarões são algumas das maiores preocupações do Instituto. De 169 espécies brasileiras de tubarões, duas são consideradas "regionalmente extintas" e 60 estão ameaçadas. Já os peixes, de águas continentais e marinhos, estão vulneráveis ao perigo, principalmente, devido ao aumento da construção de hidrelétricas.

Apesar dos programas de conservação, o número de espécies que saem da situação de risco ainda é ínfimo. Segundo Vercillo, três espécies, que estavam ameaçadas em 2003, deixaram a categoria. Algumas diminuíram o grau de ameaça, como é o caso da arara-azul-de-lear. O habitat da ave está no norte da Bahia e esforços de conservação ajudaram a aumentar o número desta espécie. Com informações da Folha.

Redação CicloVivo