Ontem, o Google realizou seu evento anual de hardware, onde anunciou os novos smartphones Pixel, Pixel Watch e Pixel Buds.
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Durante o evento, a empresa também não deixou de fazer algumas provocações à Apple, atacando-a tanto no que diz respeito ao hardware quanto à inteligência artificial (IA).
De acordo com The Verge, o Google destacou os pontos em que alfinetou a Apple, começando pelo fato de que os recursos de IA da empresa estão disponíveis em 45 idiomas.
Sameer Samat, presidente do Android, mencionou:
“O Gemini está disponível em todo o mundo agora, muito além dos falantes de inglês e de um único mercado.”
Esta última observação parece ser uma referência direta ao Apple Intelligence, que ainda não foi amplamente lançado e estará disponível apenas para falantes de inglês nos EUA quando for lançado neste outono.
O Google optou por demonstrações ao vivo, contrastando com a mudança da Apple para apresentações gravadas previamente, e fez questão de destacar isso.
Dave Citron, do Google, subiu ao palco para demonstrar alguns dos recursos de IA do Gemini, anunciando com audácia:
“Todas as demos que estamos fazendo hoje são ao vivo, aliás.”
O risco ficou evidente quando ele teve que trocar de telefone depois que o primeiro se mostrou irresponsivo durante a sua demo.
A empresa também destacou que os clientes podem escolher entre o Pixel 9 Pro e o Pro XL sem sacrificar nenhuma funcionalidade.
Ambos possuem o mesmo display incrível, design elegante, acabamento premium, poder de processamento e a mesma câmera Pro Pixel.
Isso foi visto como uma crítica ao fato de que é necessário comprar o iPhone 15 Pro Max se você quiser a câmera telefoto de 5x.
A Google também comparou fotos noturnas tiradas pelos principais modelos das duas empresas, com o resultado do Pixel sendo notavelmente melhor.
Uma afirmação absurda
Entretanto, a afirmação mais absurda do Google foi a sugestão de que ele é mais cuidadoso com seus dados pessoais do que a Apple.
De acordo com o Google:
“O Gemini pode lidar com essas consultas pessoais complexas dentro da própria nuvem segura do Google, sem enviar nenhum de seus dados pessoais para um provedor de IA de terceiros que você pode não conhecer ou confiar.”
Essa declaração é ridícula, considerando que o Google ganha a maior parte de seu dinheiro coletando e monetizando dados pessoais.
A inteligência artificial da Apple utiliza processamento no dispositivo sempre que possível, e sua própria Private Cloud Compute quando mais poder de processamento é necessário.
A privacidade desse processamento é verificável de forma independente, graças a “uma etapa extraordinária” em seu design.
O ChatGPT só é usado quando o acesso a conhecimentos externos é necessário.
Nesses casos, a Apple pede permissão ao usuário antes da transferência e anonimiza essas solicitações antes de enviá-las ao OpenAI.
Finalmente, o acordo com a empresa garante que nenhum dado de usuário da Apple pode ser usado para treinar os modelos da OpenAI.
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