O dinheiro brasileiro vai virar adubo. Essa afirmação pode parecer assustadora à primeira vista, mas não se trata de nenhuma loucura ou desvalorização absurda do real. Esse será o novo destino das notas tiradas de circulação pelo Banco Central. A ideia partiu de um estudante de agronomia, que é funcionário do banco em Belém (PA).
Quando as cédulas deixam de circular, elas são picadas no próprio banco e depois queimadas ou lançadas em aterros sanitários. A proposta agora é misturá-las a outros compostos e fabricar adubo para a região amazônica.
O professor de ecologia da UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia) Carlos Costa garante a eficiência do “adubo de dinheiro”. Segundo ele, ao serem misturadas aos restos de grama seca e outros vegetais, as cédulas se tornam mais eficientes que o esterco bovino.
Os testes duraram mais de três anos, até que o Banco Central e a UFRA firmassem uma parceria. O convênio contará com um investimento de cem mil reais, para o desenvolvimento da estrutura adequada para a fabricação do adubo.
O montante inicial contará com 11 toneladas de notas trituradas pelo Banco Central na região Norte do Brasil, que serão distribuídos aos pequenos produtores rurais de cidades próximas a Belém.
A ideia é inédita e será patenteada. Os idealizadores esperam que ela sirva de exemplo para que outros bancos centrais passem a reutilizar essas cédulas que normalmente são descartadas e poluem o meio ambiente.
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Com informações da Folha.com